sexta-feira, 4 de junho de 2010

Os honestos lavam a alma nos tribunais

Publicado na edição de 03/06/2010 do jornal Diário da Manhã

Ernei de Oliveira Pina é um cidadão muito conceituado em Anápolis. Médico, integrante das tradicionais famílias Pina e Fanstone, desempenhou com competência a função de secretário municipal da Saúde, no município. Sua administração se destacou pela saúde plenamente municipalizada, inúmeros Programas de Saúde da Família (PSF) implantados, combate rigoroso ao mosquito Aedes aegypty e eficiente parceria com a rede de laboratórios, clínicas e hospitais particulares. Conseguiu reduzir a falta de medicamentos nos postos de saúde e as filas quilométricas no Hospital Municipal.

Ao final do seu trabalho, Ernei de Pina foi surpreendido por uma avalanche de denúncias, osquestrada pelo ex-prefeito Ernane de Paula, baseada em interpretação equivocada da análise das contas da Saúde, feita pelo Tribunal de Contas dos Municípios. Em pouco tempo, o secretário, de cidadão honrado, competente e sério, foi transformado em desonesto, gastador irresponsável e agente público que agia a favor do grupo ao qual era vinculado, para obter vantagens pessoais.

Denúncias sensacionalistas, calcadas em premissas falsas, foram estampadas em sucessivas manchetes de alguns jornais, manchando a reputação daquele que fora avaliado pelo povo anapolino, um dos melhores auxiliares do prefeito Pedro Sahium.

A repercussão da equivocada interpretação das observações feitas pelo TCM não se limitou a Anápolis ou Goiás. As mesmas observações maldosas, desprovidas de qualquer sustentabilidade, foram encaminhadas à revista IstoÉ, de circulação nacional, divulgadas com estardalhaço, sem nenhum compromisso com a verdade.

Depois de sucessivas entrevistas amplamente documentadas, destruindo todas as falsas denúncias, Ernei de Oliveira Pina, recorreu ao expediente que qualquer pessoa sensata e cônscia da sua responsabilidade recorre: levou seus detratores às barras dos tribunais. Certo de que a verdade haveria de prevalecer, aguardou pacientemente a decisão da Justiça. Na semana passada, saiu o julgamento da ação proposta em desfavor da revista IstoÉ, condenando-a pagar ao médico Ernei de Pina, R$ 18.000 (dezoito mil reais) por danos morais. Obrigou a revista publicar a verdade dos fatos em espaço igual ao da denúncia caluniosa.

Defender-se na Justiça sempre foi obrigação de qualquer pessoa que se sinta difamado, injuriado, caluniado ou ofendido em sua honra. Num momento como o que estamos vivendo, essa responsabilidade é ainda maior. Poucos são os que, desempenhando uma função pública, conseguem chegar ao final da missão sem serem chamuscados por denúncias que denigram ou manchem sua reputação. O maior patrimônio de uma pessoa de bem é o seu nome. Fama e poder passam. Só o nome fica para a eternidade. Para as pessoas sérias, mesmo com a morosidade do processo, o caminho é a justiça. A liberdade de imprensa é exigência de toda sociedade democrática, mas a obrigação do jornalista é pautar suas reportagens e conceitos em cima de fatos reais, verdadeiros. Ninguém tem o direito de agredir os outros por capricho político ou desavença pessoal. Isso é crime. Crime é resolvido nas barras dos tribunais.

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